segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Luz nos olhos

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” (José Saramago)

Você consegue ler o que está escrito aqui. Muitas pessoas não conseguem. Por quê?

Por serem cegas, analfabetas, sem acesso à Internet, desinteresse, desconhecimento e tantos outros motivos.


Mas você pode ver, e quantas vezes já agradeceu por isso?
 

Semana passada apontamos uma deficiência no ouvir, e como anda a nossa visão?
 
Pelo simples fato de poder ver, você tem um mundo de cores e formas a sua volta. E por esse motivo, você também pode ler. Tem feito isso?
 
A citação acima está no "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago. Um excelente livro, conhece?
 
Gosto dessa gradação que Saramago propõe à visão. A depender da profundidade, olhamos, vemos, reparamos.
 
Muitos passam pela vida apenas olhando. Subutilizam sua capacidade visual, têm visão periférica, superficial.
 
Outros conseguem ver um pouco além do óbvio.
 
E poucos dominam a arte de reparar. (Qual o sentido que você pensou para esse verbo?)
 
Como um exercício nessa semana, aguce um pouco mais o olhar para as coisas que estão a sua volta. 

Por exemplo, procure pequenas coisas pela paisagem enquanto se desloca de casa ao trabalho. Detalhes de arquitetura são um ótimo começo.
 
Você vai ver tanta coisa que nunca havia notado que existia. Faça o teste e se surpreenda.
 
E na medida que vamos aperfeiçoando nosso olhar, começamos a ver melhor. E com essa visão que vai se aprimorando a cada dia, passamos a compreender muitas coisas ao redor sem sequer precisarmos ouvir. Os olhos falam.
 
E chegaremos sim ao nível do reparar. Não no sentido de notar, criticar, mas no sentido de ajudar.
 
Saramago em seu livro nos mostra o quão baixo podemos chegar enquanto humanidade. Vale ler e refletir sobre isso. Afinal, isso somos nós. E será que nós somos assim mesmo?
 
Vamos aproveitar que podemos ver, e vamos ler mais. Deixe aí nos comentários uma dica de um livro que foi inesquecível para você. Quem sabe com isso você não ajude outras pessoas? Lembra da dádiva circulante?
 
Deixo o "Ensaio sobre a cegueira" para você. Se ainda não leu, vai às cegas conferí-lo. Não busque ler nenhuma resenha antes. Apenas olhe, veja e repare.
 
Vamos, desde já, exercitar o olhar, ter olhos bons.
 
"A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz" (Mateus 6:22)


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Letra e música

Nesses dias de Rock in Rio, vamos falar um pouco de música.

Você costuma prestar atenção nas letras das músicas que canta?

Se sua resposta for não, não se preocupe, você faz parte da maioria da população.

A música também é uma forma de comunicação, e como tal, sempre existirá uma mensagem a ser transmitida entre um emissor (compositor/cantor) e um receptor (ouvinte). E por quê não prestamos atenção nisso?

Quando lemos um livro, e não conhecemos determinada palavra, costumamos consultar um dicionário (talvez google) para enriquecer nosso vocabulário.

Você se lembra da última vez que uma música lhe fez buscar um dicionário? Será que isso já aconteceu alguma vez? E será que não existem palavras que desconhecemos nas letras das músicas?

Pois bem, o convite dessa semana é para prestarmos mais atenção nas mensagens que nos chegam através da música. Sabermos efetivamente o que estamos cantando. Pode acreditar que você canta e gosta de muita música sem sequer saber o que ela está querendo te dizer (isso sem falar nas músicas em outros idiomas).

Para dar um exemplo, nessa semana ouvi uma música dos Titãs que não conhecia, e a mensagem da letra era muito especial, veja só.

* * *

Pela Paz (Titãs)

Você espera sempre mais
Você não se conforma
Você não se satisfaz
Todo mundo diz acreditar na paz

E você acredita ou não?
E então, o que você faz pela paz?
O que você faz pela paz?
O que você faz pela paz?

Todos são capazes da guerra
Mas ninguém luta por você
Você ainda está sozinho
Ninguém acredita em ninguém

E você acredita ou não?
E então, o que você faz pela paz?
O que você faz pela paz?
O que você faz pela paz?



Percebe o quão fantástico é o processo de dar vida a uma letra? Aí que entra a música.
Que tal ouví-la e sentir isso?

Enquanto ouvia no rádio a música dos Titãs, e refletindo na pergunta "O que você faz pela paz?", a resposta veio na lembrança de outra música, de Nando Cordel.


Paz pela Paz (Nando Cordel)

A paz do mundo
Começa em mim
Se eu tenho amor,
Com certeza sou feliz
Se eu faço o bem ao meu irmão,
Tenho a grandeza dentro do meu coração
Chegou a hora da gente construir a paz
Ninguém suporta mais o desamor

Paz pela paz - pelas crianças
Paz pela paz - pelas florestas
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.

A paz do mundo
Começa em mim
Se eu tenho amor,
Com certeza sou feliz
Se eu faço o bem ao meu irmão,
Tenho a grandeza dentro do meu coração
Chegou a hora da gente construir a paz
Ninguém suporta mais o desamor

Paz pela paz - pro mundo novo
Paz pela paz - a esperança
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.



* * *


Percebeu como a música é uma comunicação? Como é importante estarmos atentos? E principalmente, precisamos saber o que estamos cantando!

Veja só o que acontece quando não estamos atentos à mensagem que a música transmite:


"Trágico se não fosse cômico". Uma procissão ao som de "Ai se eu te pego".

* * *

Voltaremos ao tema em algumas semanas, vou dar um tempo para você ouvir músicas e prestar um pouco mais de atenção nas letras. Quem sabe até você não procure um dicionário?

Enquanto isso, pense em "O que você faz pela paz?"

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Razão e felicidade

Se o que lhe veio a mente ao ler o título da postagem foi alguma lembrança do livro de Jane Austen, Razão e Sensibilidade, temos algo em comum: compulsão por livros.

Mas hoje Jane Austen que me perdoe, vou substituir sensibilidade por felicidade.

Você prefere ter razão ou ser feliz?

Já ouviu essa pergunta alguma vez?

Já parou para pensar no número de escolhas que fazemos durante um dia? São muitas. Felizes umas, tristes outras, importante todas.

Mal abrimos os olhos e já estamos fazendo escolhas: levanto ou faço preguiça? Desligo o alarme ou uso o soneca? E seguimos fazendo escolhas, muitas vezes inconscientemente, até o final do dia.

Mas e quando a escolha nos remete a essas duas opções: ter razão ou ser feliz? 



Geralmente precisamos decidir rápido, e muitas vezes não temos tempo para pensar. 

Semana passada, fui infeliz numa dessas escolhas de bate-pronto. Preferi razão a felicidade. Refletindo depois sobre o ocorrido, lembrei de duas histórias sobre o tema, que reproduzo abaixo:

* * *

Texto 1


Por que nossas ideias precisam sempre prevalecer?

Será que precisamos vencer todas as discussões que travamos?

Dale Carnegie, escritor e orador americano, autor do best seller: Como fazer amigos e influenciar pessoas, narra uma experiência particular muito rica.

Conta ele:

Certa noite, estava num banquete dado em honra a um homem muito importante.

Durante esse banquete, um outro homem que estava sentado ao meu lado contou um caso que girava em torno da seguinte afirmativa: "Há uma Divindade que protege nossos objetivos, traçando-os como os desejamos."

Ele mencionou que tal frase era da Bíblia.

Enganara-se. Eu sabia disso. Sabia, e com toda a certeza. Não podia haver a menor dúvida a respeito.

E assim, para conseguir um ar de importância e demonstrar minha superioridade, tornei-me um importuno e intrometido encarregando-me de corrigi-lo.

Acionou suas baterias. "Quê? De Shakespeare? Impossível! Absurdo! Essa frase era da Bíblia." E ele conhecia.

O homem que narrava o caso estava sentado á minha direita, e o senhor Frank Gammond, meu velho amigo, à minha esquerda.

O Sr. Gammond havia dedicado anos ao estudo de Shakespeare. Assim, o narrador e eu concordamos em submeter a questão ao Sr. Gammond.

Este escutou, cutucou-me por baixo da mesa e disse: "Dale, você está errado. O cavalheiro tem razão, a frase é da Bíblia."

De volta para casa, disse ao Sr. Gammond: "Frank, eu sei que a frase é de Shakespeare."

"Sim, naturalmente", respondeu. "Hamlet, ato V, cena 2. Mas nós éramos convidados numa ocasião festiva, meu caro Dale.

Por que provar a um homem que ele estava errado? Isso iria fazer com que ele gostasse de você? Por que não evitar que ele ficasse envergonhado?

Não pediu sua opinião. Não a queria. Por que discutir com ele? Evite sempre um ângulo agudo."

O homem que me disse isso ensinou-me uma lição inesquecível. Eu não só tinha embaraçado aquele contador de histórias, como também o meu amigo.

Teria sido muito melhor se eu não tivesse sido argumentativo.


Texto 2


Por que queremos sempre ser os donos da verdade?

Oito da noite numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para jantar na casa de alguns amigos.

O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que, além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe que estava errado.

Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.

Mas ele ainda quer saber: Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria  insistir um pouco mais.

E ela diz: Entre ter razão e ser feliz, prefiro  ser feliz.

Estávamos à beira de uma briga, se eu insistisse mais teríamos estragado a noite.

Certamente uma sábia decisão.

Muitas vezes nós perdemos oportunidades de viver momentos felizes só porque queremos provar que estamos com a razão. Ou, pelo menos, pensamos que estamos.

De maneira alguma defendemos a omissão ou o não uso da razão, mas tão somente o uso da razão com sensibilidade.

Quantas amizades já destruímos por causa de uma obstinação em defender um ponto de vista?

Quanta energia já gastamos na defesa de uma ideia, desejando que os outros a aceitem a qualquer custo?

Quanto tempo perdido na elaboração de argumentos para convencer alguém de que temos razão em algum ponto?

Será que vale a pena essa maneira de ser?

Será que vale a pena perder a paz na tentativa de provar que estamos certos?

Não seria mais sábio de nossa parte optar pela harmonia, em vez de brigar por causa de pequenas questões irrelevantes?

É evidente que há momentos em que devemos defender nossa posição, e seria bom que o fizéssemos sem nos perturbar, sem sair do sério.

Mas o que geralmente acontece é que levamos as discussões, que deveriam ficar no campo das ideias, para o campo pessoal. E nos irritamos.

É importante considerar que para divergir não precisa dissentir.

Podemos discordar de alguém e ainda assim preservar a amizade e o respeito por esse alguém.

Pense nisso quando se apresentar uma situação em que você tenha que fazer essa opção e se questione, antes de agir:

Será que vale a pena perder a calma para defender esse ponto de vista?

Será que o momento certo para expor minha opinião é agora?

Será este o momento de impor minhas razões?

Talvez se prestássemos mais atenção em nossas palavras e nos porquês de nossas discussões frequentes, perceberíamos que, na maioria das vezes, poderíamos optar por ser feliz e ter paz, em vez de ter razão.

Considere que as energias gastas em discussões infrutíferas podem lhe fazer falta na manutenção da saúde física e mental, e busque usá-las de maneira útil e inteligente.

Afinal, todos os seus esforços devem ser usados em prol da harmonia comum, para que haja paz ao seu redor.

E lembre-se, sempre, antes de qualquer desgaste, de questionar: Quero ter razão, ou ser feliz?

* * *

Minha filha, você, com apenas 8 anos, ensinou uma grande lição ao papai nessa semana: 

"É melhor ser feliz! Sempre!"

Muito obrigado!


Fonte:




segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O privilégio de um Pável

Todos temos um Pável em nossas vidas.

Sim, aquele professor inesquecível. Quando você pensa neste professor, quem lhe vem à mente?

E se esse não foi o nome lembrado acima, certamente você se recorda do nome do professor que lhe alfabetizou, não?

* * *

Este é um assunto que muitos têm dificuldades em conversar. Mas por quê? Se é a única certeza que temos na vida.

Se é difícil conversar entre adultos, imagina para dar a notícia da morte de um ente querido para uma criança?

Eis que entra o educador inesquecível, o Pável.

* * *


A sala ainda estava com as carteiras vazias. Alunos em algazarra aguardavam a chegada do professor de Desenho. A metodologia adotada para aquele tipo de aula era a razão principal do sucesso das atividades relacionadas à matéria, sempre dentro de uma abordagem diferente, que surpreendia o aluno pela novidade do tema e pela criatividade do mestre.

Desde o início da carreira no magistério, ele buscou na originalidade a forma mais adequada de ensinar. As aulas que ministrava eram disputadas não só pelos alunos, mas também por funcionários e diretores, que sempre encontravam alguns minutos de folga para sentarem, no fundo da sala, a fim de aprender um tanto mais com o agora já experiente professor.


Naquele dia, não só o amigo da sabedoria encontrava-se aflito, mas também todos os que se preocupavam com a saúde de uma colega, igualmente professora, internada dias antes com graves problemas orgânicos. No hospital, os médicos aplicavam todos os recursos disponíveis, mas as condições da doente já estavam precárias. A jovem mulher, mãe de duas crianças, perdia rapidamente a resistência, deixando fluir os últimos liames de vida.

Assim que chegou à sala, o amigo dos alunos não conseguiu ocultar a preocupação que sentia pelos familiares da colega de profissão. Debateu com os presentes os conceitos de saúde e doença, bem-estar e desesperança, e encerrou as atividades para se dedicar mais intimamente aos parentes da professora enferma.

Na madrugada seguinte, a mulher sentiu chegar o instante do rompimento dos laços sutis que ainda permitiam que a vida vibrasse naquele corpo físico. A partida aconteceu serenamente, em contraste com as difíceis horas de dor ocorridas pouco antes.

Logo pela manhã, as primeiras impressões da saudade misturavam-se às incertezas quanto ao lar prematuramente desfalcado. Parentes e amigos aguardavam na casa a chegada do corpo e o início do velório. Na cozinha, os dois filhinhos, João Carlos com cinco anos, e Ana com apenas um, saboreavam o café da manhã, alheios ainda ao acontecido.

A angústia da informação aos filhos sobre a morte da mãe tomava conta dos presentes. Quem daria a notícia? As crianças seriam poupadas da cena comovente, ou seriam levadas para outro lugar? O professor, atento, lembrou que o afastamento dos pequenos poderia ser motivo de revolta posterior, quando descobrissem que foram impedidos de um último contato com a presença física da mãe.

Convidado pela família a dar a notícia a João Carlos, o mestre aceitou a incumbência e, minutos depois, chamou o inocente menino a um quarto, para uma conversa.


— João Carlos, você gosta de sua mãe?
— Muito.
— Acha que ela cuida carinhosamente de vocês?
— Ela é muito legal.

— Você já ouviu falar em anjo da guarda?
— Já. Eu acho que tenho um.
— O que é que um anjo da guarda faz?
— Cuida das crianças desprotegidas. Acho que cuida dos adultos também.

— Você e sua irmãzinha são desprotegidos?
— É claro que não. Até vovó e a tia cuidam da gente...
— O que é mesmo um anjo dá guarda?
— É quem cuida das crianças tristes, dos bebês abandonados, protege os meninos arteiros e... ora, um anjo da guarda faz muita coisa necessária.

— Você vê seu anjo da guarda?
— Não. Ele é que nem Jesus. Os nossos olhos, do jeito que são, não conseguem vê-lo.
— Eu tenho uma informação. É uma notícia para você. O mundo, como sabe, está cheio de criaturas tristes, cheio de crianças levadas, repleto de meninos abandonados. Por isso, lá no céu, estão precisando de mais anjos da guarda, para cuidar de tanto serviço.
— Estão precisando de mais anjos da guarda, lá no céu?
— Estão.

— E como é que fazem para conseguir?
— Pedem ajuda às pessoas grandes, aqui na Terra.
— É por isso que muita gente morre? Para ser anjo?
— Isto mesmo. Agora, preste atenção. Você sabe quem é o anjo mais importante que vai nascer?
— Ele saiu aqui da Terra? Saiu hoje?
— Saiu.

— Foi alguém que morreu?
— Precisamos tomar cuidado com a palavra morreu. A vida existe sempre. Só o corpo é que morre.
— Este anjo que vai nascer, hoje, antes do corpo morrer, ele ficou no hospital?
— Ficou. Estava se preparando.

— Tio, mulher pode ser anjo da guarda?
— Pode, meu querido.
— Onde é que está a mamãe?
— Você mesmo quer pensar e responder?
— Ela foi ser anjo da guarda?

— Onde é que está o corpo dela?
— O corpo ainda está no hospital.
— E ela? Onde é que está?
— A caminho do céu... .

— Acho que vou chorar...
— Pois chore. Pode chorar. Chorar é coisa de homem.
— As lágrimas suavemente gotejaram. O professor insinuou:
— Chore com amor, chore com carinho. Seja delicado para mostrar sua saudade, chorando com ternura.

Os dois conversaram ainda por alguns minutos, sobre como alguns adultos, quando em pânico pela perda de algum ser querido, acabam por interferir na harmonia mental dos recém-chegados ao plano espiritual. João Carlos tinha um raciocínio muito rápido e lógico, parecendo compreender, por intuição, o importante papel que teria de cumprir, durante aquele difícil dia, ao conter a aflição dos mais velhos.

Antes de sair do quarto, ele abraçou docemente o amigo de sua mãe e disse:— Vou chorar mais um pouquinho. Só um pouquinho...

Durante o velório, pediu com delicadeza que as pessoas se controlassem, a fim de que a mamãe pudesse chegar em paz lá no céu. O professor, sofrido mas com o sentimento de compaixão pelo auxílio prestado ao bem-estar de todos, pensou em guardar mais uma lição, que contaria depois para os aprendizes: saudade com dor não pode. Só pode saudade com amor! (A história narrada é real, bem como o sábio professor que a vivenciou. Ela se passou em Juiz de Fora - MG, com o mestre Edson Pável Bastos).

* * *

Parabéns ao novo anjo da guarda que surge na abóbada celeste.

Nossos agradecimentos pelos anos de convivência, por tantos exemplos e ensinamentos deixados.

Goze agora do equilíbrio e da harmonia de consciência, típicos daqueles que souberam cumprir retamente com os seus deveres.

(Fonte: Vozes do Espírito - Carlos Augusto Abranches)